terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tumor Cerebral

Eu sabia que a AMAVA, mas não o quanto a amo, eu sabia que era forte, mas não o sulficiente para vê-la gritando de dor e não poder fazer nada.
Essa é minha mãe, ela operou de um tumor cerebral bem na região do Cerebelo.
O Cerebelo de certa forma é responsável por nossa coordenação motora.








Quando os medicos disseram a forma como descobriram o tumor confesso que fiquei mais preocupada ainda, pois ela estava com Hidrocefalia o que dificultava um pouco as coisas.


Apartir desse momento vivi até os dias de hoje o período mais intenso da minha vida.


A primeira cirurgia não deu certo ela teve uma parada cardíaca, chegaram a cerrar o osso, crânio, mas infelismente quando chegaram nas proximidades do tumor, na massa cefálica ela deu entrada na UTI.


As coisas pareciam não dar certo, nessa primeira cirurgia os medicos colocaram um dreno como mostra a foto acima para drenar a água....


E voltaram a fazer uma nova cirurgia depois de uma semana, para retirar o tumor, nos estávamos sobre uma tensão, angustia, medo, mas Deus estava com ela e conosco naquele momento bem ao nosso lado.


A cirurgia foi um sucesso, logo que finalizou fui vê-la, já que os médicos haviam dito que as sequelas seriam inevitáveis como: Não andar, perder a fala ou a Visão.

Quando a vi na UTI ela estava falando, enxergando pouco, mas estava vendo, sentindo a unha do pé. Foram sensações que não consigo explicar se eu ria, chorava, corria, abraçava qualquer pessoa, tudo era muito bom. Quando vi seu rosto pálido ainda sujo de sangue e um sorriso longe, eu não queria mais nada.


Os dias foram passando e ela cada vez melhor, até que de repente a cabeça voltou a doer, crises de convulsões não entendemos mais nada.


Os médicos haviam desligado o dreno, já que o tumor havia saído, pois o mesmo impedia a circulação da água. Na verdade o que deveria ocorrer não estava funcionando corretamente, continuava acumular água e só descobrimos depois de dois dias de agonia e gritos. Lembro-me de um dia que cheguei ao hospital as 07h00min e ela gritava tanto, apertava a minha mão até convulcionar e desmaiar, esse desespero foi até as 11h00min.


Eu cheguei a desacreditar da existência de Deus, já que ela pedia tanto sua ajuda: Meu Deus me ajuda, me ajuda, me ajuda!!! E nada da dor passar ou descobrirmos o que estava errado.


Queria estar no lugar dela naquele momento, não podia fazer nada, os médicos já tinham dado morfina e aquela dor não passava até que um médico residente resolveu ligar novamente o dreno, com menos de 2 minutos ela foi aos poucos fechando os olhos parando de gritar e dormiu.


Naquele momento o médico percebeu que ela necessitaria de uma válvula intracraniana o que futuramente os exames apontaram realmente.


A Nova cirurgia foi realizada e tudo ocorreu bem a válvula funciona exatamente como mostra abaixo: